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11 de setembro de 2011

DESBRAVANDO O RIO MIRIM (PARTE I) DEDE CAMELO: UM PATRIMÔNIO VIVO DA NOSSA HISTÓRIA

Por José Amauri Clemente, Nilo Miranda, Nadelson Ferreira, Heleno Ferreira e Denes Vitorino

        Universitários de Santana do Mundaú percorreram todo o percurso do Rio Mirim como parte de uma pesquisa no campo ambiental, foram necessários dois dias para fazer o reconhecimento de mais de 10km que se iniciou na foz no encontro com o Rio Mundaú até as primeiras nascentes localizadas em terras do engenho do Sr. Dede Camelo no município de Correntes-PE. Ainda participaram Antonio Ferreira e Silvano de Abreu no primeiro momento.
      Além dos aspectos ambientais que serão estudados e sistematizados ao decorrer da conclusão dos trabalhos, a pesquisa envolve a relação da população ribeirinha que está situada e sua importância histórica no processo de sua formação. O rio proporcionou uma riqueza histórica a começar a partir do Engenho do Sr. Dede Camelo que aos noventa anos e perfeitamente lúcido se constitui um patrimônio vivo extraordinário para qualquer um que aprecie o que há de melhor do conhecimento a partir do vivido, uma forma de construir o saber científico com os próprios autores que contribuíram para a nossa história.
        Sem nenhum desmerecimento aos livros e os diversos teóricos, mas nas palavras sábias pode se perceber de forma simples toda a complexidade editada em grandes livros. 

Sr. Dede Camelo: Patrimônio vivo da nossa história

Sr. João, Sr Dede Camelo e José Cícero
Estrutura de quase um século
Engenho do começo do século XX

A sede do engenho com amplo terreiro para secagem do bagaço

         Sr. Dede Camelo mantém o Engenho que fabrica rapadura construído em 1918 pelo pai, persistente e com uma memória invejável relata a história das tradições das festividades; as dificuldades em transformar o engenho movido por bois até o ano 1956 quando mudou com bastante dificuldades para motor; as diferenças dos tempos antigos com o tempo presente em datas precisas quando até 1967 toda a produção era comprada pelos sertanejos.
             Para ele, hoje os tempos são outros (...) são muitas as dificuldades, mas quero pelo menos fazer rapadura uma vez por ano, mas pretendo manter até o dia que Deus quiser, foi daqui que formei todos os meus filhos.
             Para o morador José Cícero que nos acompanhou até as diferentes nascentes, "tem pessoas que só porque tem alguma coisa quer pisar os pequenos, mas aqui todo mundo respeita a gente". Ao mostrar as instalações do engenho é possível observar em José Cícero toda a cultura linguística dos engenhos, um palavreado característico das moendas como a palavra bagaceira que quer dizer aquilo jogado, espalhado de qualquer jeito. 
 Zé Cícero demonstra sua habilidade em como produzir a rapadura.

Açudes com águas das primeiras nascentes do rio Mirim

Água jorrando de uma das suas nascentes
              
Lago com mata aos fundos


Sr Dede Camelo posa para foto com os estudantes

AGRADECIMENTOS AO SR. DEDE CAMELO PELO ACOLHIMENTO E DISPONIBILIDADE EM NOS ATENDER COM TANTA ATENÇÃO.

A pesquisa faz parte do trabalho de Conclusão de Cursos de Denes Vitorino e Nilo Miranda do Curso de Geografia da Universidade Estadual de Alagoas

         
         

3 comentários:

  1. Jado de Crisalvis lá conh. bém11 de setembro de 2011 às 20:29

    Olha vocês precisa ir também visitar o engenho velho da Cigana lá também jorra agua do rio Mirim, fica na fazenda de Carlos genro de Sr. Léo pai de Paulo que trabalha na Assistencia Social.

    Lá a nascente jorra mais forte parabéns pela pesquisa e sucesso na Universidade e para o futuro do nosso filho como Professores de Geografia.

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  2. A comunidade mundauense precisa reconhecer o potencial nela existente.Vocês, estão de parabéns. O mundo se faz novo quando temos mais conhecimento e a sociedade tem grandes possibilidades de trnsformar-se.

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  3. A família do Engenho Gravatá com sua comunidade, se sente grata com o conteúdo da matéria elaborada pelos estudantes de geografia.Retrata uma época importante para nossa história, como também mostra a grandiosidade do nosso patriarca que construiu um legado para a sociedade.E ficamos sensibilizados de vocês terem percebidos que é através de atos simples que podemos transformar o mundo.

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