Teresinha Cardoso – Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Santana do Mundaú - Alagoas.
Encontro-me aqui movida pelas lembranças. Recordo uma música da cantora Vanusa -Manhãs de Setembro: ‘FUI EU EM NUMA TARDE SE FEZ TARDE DE TRISTEZA. FUI EU QUE CONSEGUIU FICAR E IR EMBORA” .Estou chegando de uma despedida inesperada. Deixei a minha amiga Nice no repouso eterno.
Por quê não se vê a ida à eternidade como algo normal(?). Penso não ser racional a perda de quem se quer bem. Fui muito próxima do casal Cláudio e Nice. As entradas do Novo Ano sempre me encontrava em sua residência, ou melhor, em sua calçada. A gente festeja o Novo Ano. As Festas Juninas estava lá outra vez. Ria por demais quando a Nice dizia:” cala a boca Claúdio”. Isto quando o Cláudio desandava no falar chuvas de piadas e causos E o Cláudio parava? Não. Falava. Ria. A alegria tomava conta de nós.
Às vezes recebia a Nice , a Salete e a Osani em minha casa. E a Nice olhava para mim confiante, e reforçava a pergunta: Teresinha (era assim mesmo que ela me chamava), a gente vai voltar mesmo para o trabalho? O concurso vai mesmo voltar? Olhava para ela com ternura e dizia: coragem, a gente vai voltar. Ansiosa retornava o questionamento. Ríamos todas. Não havia data. Havia só a esperança que a justiça fosse feita.
Aconteceu a reintegração. No final de janeiro, numa bela tarde a encontro na prefeitura. Falou da dificuldade na visão. Da real impossibilidade de trabalhar. Não olhei em seus olhos, pois os meus refletiam angústia. Volto à canção: “ fui eu em numa tarde se fez tarde de tristeza”
Fica o meu adeus à Professora Cleonice Cordeiro. Minha amiga Nice. E assim vão os dias entre o nascer e o partir. Meu carinho ao Cláudio e a Ana Cláudia, extensivo à família.
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